Alergia alimentar, APLV

APLV e Amamentação: A Importância do Acompanhamento Especializado

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma das alergias alimentares mais comuns na infância, especialmente nos primeiros anos de vida. Caracteriza-se por uma reação do sistema imunitário às proteínas do leite de vaca, que pode causar sintomas variados, como cólicas, diarreia, erupções cutâneas ou dificuldades respiratórias.

A amamentação é amplamente reconhecida como a melhor forma de alimentar um bebé, incluindo os bebés com APLV. O leite materno não só fornece todos os nutrientes essenciais, como também protege contra outras alergias e fortalece o sistema imunitário. No entanto, em alguns casos, as proteínas do leite de vaca ingeridas pela mãe podem passar para o leite materno e desencadear sintomas no bebé.

Não RESTRINGIR alimentos sem certezas

Quando surge a suspeita de APLV, é natural que os pais queiram agir rapidamente para aliviar o desconforto do bebé. Contudo, é fundamental evitar restrições alimentares sem uma confirmação de diagnóstico. Retirar alimentos como leite e derivados da alimentação da mãe pode parecer uma solução imediata, mas estas alterações devem ser feitas apenas sob orientação de um profissional de saúde especializado, como um pediatra ou nutricionista com experiência em amamentação e alergias.

O acompanhamento faz toda a diferença

Contar com o apoio de um profissional que compreenda a dinâmica da amamentação e as especificidades da APLV é essencial. Esse acompanhamento permite:

  • Confirmar o diagnóstico: A APLV deve ser diagnosticada com base numa avaliação clínica detalhada e, se necessário, com testes específicos.
  • Evitar restrições desnecessárias: Excluir leite e derivados da alimentação da mãe sem confirmação pode comprometer a sua saúde, causando défices nutricionais importantes.
  • Garantir uma alimentação equilibrada: Caso a dieta de exclusão seja necessária, o profissional ajuda a identificar alternativas ricas em cálcio e vitamina D para assegurar as necessidades nutricionais da mãe.

Amamentar ou optar por fórmula?

Sempre que possível, a amamentação deve ser mantida. Além dos inúmeros benefícios do leite materno, muitas vezes é possível controlar os sintomas do bebé apenas com ajustes na alimentação da mãe. Em casos mais graves, onde mesmo com uma dieta de exclusão os sintomas persistem, pode ser necessário recorrer a fórmulas especiais, como as fórmulas extensamente hidrolisadas ou de aminoácidos, mas isso só deve ser feito com orientação médica.

É importante lembrar que, na maioria dos casos, a APLV desaparece até aos 3 a 5 anos de idade. Até lá, o acompanhamento especializado garante que o bebé cresce e se desenvolve de forma saudável, sem comprometer a amamentação e o vínculo único entre mãe e filho.

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