Canela e introdução alimentar

A canela é uma especiaria amplamente utilizada na culinária. 

No contexto da introdução alimentar, especialmente para bebés e crianças pequenas, a canela pode ser uma adição saborosa e aromática às refeições. A introdução alimentar é um período crítico no desenvolvimento infantil, em que novos sabores e texturas são apresentados ao bebé. 

A canela é rica em manganês, fibra, cálcio e ferro, além das suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, podendo ser uma excelente opção para enriquecer o sabor dos alimentos sem recorrer ao açúcar ou sal. 

Adicionar pequenas quantidades de canela a papas de aveia, muffins ou panquecas pode ajudar a diversificar o paladar da criança.

Existem vários tipos de canela:

  • Canela do Ceilão (cinnamomum verum ou cinnamomum zeylanicum): Originária do Sri Lanka e do sul da Índia. Esta variedade tem um sabor suave e doce, com uma casca fina e facilmente moída. A canela do Ceilão é considerada a mais segura para o consumo diário, especialmente para crianças, devido ao seu baixo teor de cumarina, um composto que pode ser tóxico em grandes quantidades.
  • Canela Cássia (cinnamomum cassia ou cinnamomum aromaticum): Também conhecida como canela chinesa, é a mais comum e económica, encontrando-se facilmente nos supermercados. Tem um sabor mais forte e picante, com uma casca dura e grossa. A canela cássia contém níveis elevados de cumarina, o que pode representar um risco para a saúde se for consumida recorrentemente em grandes quantidades.
  • Canela Saigon (cinnamomum loureiroi): Originária do Vietname e é conhecida pelo seu sabor intensamente doce e picante. Contém níveis ainda mais altos de cumarina do que a canela cássia, tornando-a uma opção menos segura para o consumo diário, especialmente para crianças.
  • Canela Indonésia (cinnamomum burmannii): Também conhecida como canela korintje, é comum na América do Norte e utilizada frequentemente em produtos de pastelaria. Tem um sabor menos intenso comparado com a canela Saigon, mas ainda assim contém quantidades significativas de cumarina.
  • Canela de Malabar (cinnamomum tamala): Menos comum, esta variedade é encontrada na região de Malabar, na Índia. Tem um sabor ligeiramente cítrico e níveis moderados de cumarina.

A toxicidade da canela está principalmente associada ao seu conteúdo de cumarina. Estudos indicam que a ingestão regular de grandes quantidades de cumarina pode levantar problemas hepáticos e renais. Para adultos, a dose diária tolerável de cumarina é de cerca de 0,1 mg por kg de peso corporal. Dado que a canela Cássia e outras variedades como a Saigon e a Indonésia contêm níveis elevados de cumarina, o seu consumo deve ser moderado.

Para bebés e crianças, cuja capacidade de metabolizar compostos tóxicos é mais limitada, é mais recomendável optar pela canela do Ceilão, de modo a minimizar o risco de exposição à cumarina. Além disso, é importante estar atento a possíveis reações alérgicas. Embora raras, algumas crianças podem desenvolver reações adversas à canela. Sinais de uma reação alérgica podem incluir erupções cutâneas, inchaço, dificuldade em respirar ou outros sintomas mais graves. Em caso de qualquer reação adversa, deve-se consultar imediatamente um profissional de saúde.

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