5 Estratégias para combater a seletividade alimentar
1 – Não forçar a comer (nem criar pressão para comer)
Este tipo de comportamento pode levar a uma “bola de neve” de recusa alimentar. Quanto mais pressão e insistência os cuidadores exercem no momento das refeições, maior a probabilidade de recusa por parte da criança, uma vez que a refeição passa a ser um momento associado a emoções negativas.
2 – Fazer as refeições em família, sem distrações (televisão, telemóvel, tablet…)
As distrações durante as refeições podem ter implicações diversas. O facto de estarem a comer em frente a um ecrã leva a uma diminuição da perceção do que estão a comer e a quantidade que estão a comer, uma vez que a criança está focada no ecrã. Ao tirarmos o foco da refeição, estamos a retirar uma oportunidade de familiarização com os alimentos. Além disto, estamos também a perder uma oportunidade de realizar refeições em família e estimular o momento social que é tão valorizado na Dieta Mediterrânica, considerada por muitos o padrão alimentar mais saudável do mundo.
3 – Não deixar de oferecer alimentos apenas porque a criança não come
Ao deixarmos de oferecer os alimentos que são rejeitados vamos aumentar o “distanciamento” entre a criança e o alimento em questão. Nestes casos deve-se, pouco a pouco, aumentar a familiarização, introduzindo os alimentos rejeitados nas refeições (e fora delas) das crianças em quantidades gradualmente maiores – sempre sem pressão para comer.
4 – As refeições da família devem ser iguais para todos
As crianças são como “esponjas” que absorvem tudo o que está ao seu redor. Isto também se aplica ao comportamento dos cuidadores e aos momentos das refeições. Ou seja: o que os cuidadores fazem poderá ser refletido de alguma forma no comportamento da criança. Assim, é importante que os cuidadores comam os mesmos alimentos que a criança e façam a refeição ao mesmo tempo. O exemplo começa nos cuidadores!
5 – Realizar atividades com os alimentos recusados – jogos, preparação de refeições…
Atividades, brincadeiras e jogos são uma ótima forma de estimular o interesse das crianças pelos alimentos. Pequenas atividades sensoriais, músicas, brincadeiras com alimentos de brincar, ajudar os cuidadores na confeção das refeições e jogos de cartas podem ser ótimos aliados para aumentar o à vontade da criança com os alimentos e, eventualmente — cada criança, ao seu ritmo — levá-la a provar o alimento anteriormente recusado, podendo este, aos poucos, ser inserido na rotina alimentar da criança.
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